16/05/2007

Pare, senão eu atiro!

Eis a foto que estampa os principais jornais de São Paulo no dia de hoje. Fora do contexto ficaria difícil explicá-la. Então se faz necessária uma breve explicação.

O Governador José Serra compareceu a uma homenagem aos policiais que atuaram no sequestro que aconteceu na cidade de Campinas. Lembram? Aquele que durou 56 horas... Pois bem, nessa cerimônia o governador assistiu uma simulação de negociação com sequestradores, e resgate de reféns, além de conhecer um robô do esquadrão anti-bombas.

No final das demonstrações, o governador posou para a foto acima, e comentou que nunca fez um disparo, e que nunca tinha segurado uma arma de fogo.

Mas fica a pergunta? Porque o fez?
Os fotógrafos devem ter adorado a pose, mas essa simples brincadeira foi no mínimo de mal gosto, afinal o que vemos é a representação do Estado apontando uma arma. Para quem governador? Para o crime organizado? Esperamos que sim.

Embora a situação seja bem diferente, foi impossível não lembrar da imagem de Saddam Hussein e sua carabina. Imagino que o governador já deve estar arrependido desta pose, pois muitas pessoas ao caminhar, ou passar rapidamente dentro de um ônibus perto das bancas de jornal, só verão a imagem. E nem sempre uma imagem diz tudo.

14/05/2007

Atenção imprensa! Ele já foi embora!

Juro que eu nem ia tocar no assunto... Após essa overdose papal, muitos devem ter mudado sua maneira de ver o atual papa. Eu mesmo fiz uns comentários bem maldosos antes da visita. E continuaria sendo maldoso se eu não contasse quais foram os comentários...

Imaginei o Sr. Ratzinger como Nosferatu envolto em sua capa vermelha expondo as presas afiadas. Seria pela mão de ferro ao conduzir o catolicismo ultra-conservador? Não. Reconheço que foi preconceito visual mesmo... Certamente influenciado pelo contraste da imagem do João Paulo II.

Se faz algum sentido a profecia de uma pessoa nefasta chegar ao poder máximo da Igreja Católica, e trazer o apocalipse, a aparência do atual papa o colocou em situação suspeita... Não fui vê-lo, mas pela televisão desfiz alguns preconceitos. Não acredito mais no perigo acima, mas de qualquer maneira, não o reconheço como meu representante perante Deus. Pretensiosamente converso com o Homem sem intermediários. Parece pessoal, mas na verdade eu não acredito na raça humana. Esse é o problema...

Mas termino como comecei. Muitos mudaram de opinião quanto ao papa alemão. Quem tinha medo, acho que não tem mais... Quem gostava dele, ou agora ama, ou se sentiu feliz com o seu retorno ao Vaticano. (E aproveitando-se disso tudo, os nossos amáveis parlamentares encontraram o momento propício para o aumento de seus salários... A gente quase não percebeu, né?)
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