30/11/2007

No meio do caminho tinha um muro

No dia 30 de Novembro de 1979 foi lançado um dos albúns mais importantes da história. Pink Floyd - The Wall é um disco conceitual, onde a cada faixa você é apresentado a um novo trauma da vida de Pink, o protagonista que perde o pai na guerra, tem uma mãe super-protetora, um professor autoritário, uma esposa infiel, e até um rato doente de estimação. Pink cresce, se torna um astro decadente do rock, potencial suicida, que depois de escapar de uma overdose reaparece como um ditador! Ahn???

Se você não assistiu o filme homônimo de 1982, merece que eu tenha entregue de cara essas informações. Vê se para de assistir Rocky IV, e busque referências melhores para sua vida cultural. rs... Estou brincando, é claro! O mais provável é que você seja mais novo(a) do que o disco...
Vou escrever um pouco mais sobre o The Wall, que não se resume no hit "Another Brick in the Wall - part II". O disco tem músicas belíssimas, e entre as faixas algumas das vozes e frases que encontramos no filme. Como assim? O disco é anterior ao filme!... A cabeça de Roger Waters é única mesmo. Tem muito de autobiografia nisso tudo, mesmo que misturado com fatos da vida do Syd Barrett. Toda a insanidade está explicada!

E o que tem muro a ver com insanidade? Tudo! Desde conter corpos com mentes perturbadas em hospícios, aspectos psicológicos de isolamento, até guerras por território.

Embora o Muro de Berlim esteja no chão, ainda temos vários muros-da-vergonha pelo mundo. Um em Marrocos, um na Coréia, um israelense na fronteira palestina, e o mais recente deles dividindo os EUA da América Latina.

Sim, o muro do país que ao invés de nome tem uma sigla, afinal americanos somos todos nós, não está lá para discriminar apenas os mexicanos, e sim para todos os latinos da América. A incapacidade de lidar com a imigração ilegal gerou esta "solução" tão difícil de engolir para uma era em que as pessoas se julgam evoluídas.

Mother should i run for president? Mother should i trust the government?

05/11/2007

Manifesto contra o guarda-chuva

Hoje a minha metralhadora está apontada para os guarda-chuvas!
E começa justamente por ser uma palavra composta, e por ter este plural horrível.
E depois porque minha intenção não é guardar a chuva. (Se você vai comentar me explicando que o sentido é de proteção, não se preocupe. Eu sei disso. Me permita esculachar com estes objetos irritantes...)

E será que protege mesmo? Quando não for aquela chuva que cai na diagonal, contando com a sorte de nenhuma vareta resolver quebrar, e ainda torcendo para o vento não dobrá-lo do avesso como na foto, ele até se torna útil para que você não molhe a cabeça. Não espere mais do que isso. Um comentário à parte: Já perceberam a quantidade de fotos em que o Bush se encontra em situações ridículas? Nisso ele é campeão! rs...

Voltando ao assunto, muitas invenções receberam evoluções, e nem precisavam tanto aperfeiçoamento, mas e o guarda-chuva? Ficou dobrável, e recebeu um botão que o tornou automático. Mas isso melhorou a sua eficácia onde realmente importa? Claro que não!
Se você ainda gosta deles, vou tentar convertê-lo agora.

Imagine um ônibus lotado em um dia de chuva. Você está seco, mas está sentado no corredor. Vai continuar seco? Não! Alguém vai encostar seu guarda-chuva molhado em você. E não é culpa da Lei de Murphy, afinal todas as pessoas que estão em pé repetem este gesto. Entenda. A culpa não é delas... Não há como evitar... A culpa é do guarda-chuva!

Outra situação: Eu entendo que tomar uma chuva fraca, ainda é melhor que carregar um guarda-chuva, mas percebo que as pessoas ao menor sinal de garoa já começam a abrir suas armas. Preste atenção! São armas mesmo!!! E apontam bem nos seus olhos! Sou eu que tenho uma altura incompatível, ou isso acontece com vocês também? A preocupação deixa de ser ficar molhado. Minha concentração fica toda em me proteger das velhinhas-psicopatas-furadoras-de-olhos...

E como é bom andar junto da parede para aproveitar as marquises, não é? Seria se essas pessoas portadoras deste objeto malígno não resolvessem andar justamente por ali. Seria falta de consciência delas? Pode ser, mas entenda que elas não se sentem protegidas pelas varetas cobertas de tecido "impermeável"... Lá vão elas para as marquises atrapalhar a nossa vida...

Tá bom... Mais uma! Você já passou pela experiência de deixar o seu... (bem, você já sabe o que...) na entrada de um restaurante, e quando foi buscá-lo na saída percebeu que alguma anta levou o seu por engano? Ainda não? Puxa, você deve ser daqueles(as) que em dias de chuva prefere pegar o telefone e almoçar no escritório. Mas é culpa exclusiva da anta? Não! Os guarda-chuvas automáticos na cor preta, são idênticos mesmo... Como dizia Henry Ford, um carro pode ter qualquer cor, desde que seja preta! (Sombrinha não vale!)

Será que o Gene Kelly ficou famoso por causa do guarda-chuva? Não! Foi graças a chuva!

Quer ficar milionário(a)? Por favor invente um campo de força que possa ser ligado através de um telefone celular, e que dispense o guarda-chuva. Já pensou? A água escorre, e ao desligar o campo de força, você está seco(a)! E incrível... Não vai ter que ficar segurando nenhuma porcaria molhada! A idéia está aí. Se você conseguir não esqueça de mim, hein? Mereço uma boa grana por ter ajudado a humanidade a se livrar do guarda-chuva.



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