Uns quinze anos atrás, quando andava despreocupado pelo Viaduto do Chá, uma cigana pegou na minha mão sem que eu aprovasse tal gesto, e disparou palavras na velocidade da luz. Pensei em reagir puxando minha mão bruscamente, mas a curiosidade é um dos meus maiores defeitos. Ou seria uma virtude em determinadas situações?
No caso citado acima nenhuma praga foi rogada, e nenhuma das coisas que ela disparou no meu ouvido fez sentido em todos esses anos que se passaram. Tentou me vender uma espécie de patuá para proteção, mas educadamente recusei.
Acontece que tenho percebido uma abordagem bem parecida a essa das ciganas. Um poderoso banco brasileiro criou um "braço" na sua organização que oferece financiamentos aos populares que estão passando nas calçadas.
Essas moças e rapazes vestidos nas cores dessa tradicional instituição financeira, portam pranchetas e calculadoras, e oferecem ali mesmo um crédito rápido. Mas não estou me referindo a duas ou três pessoas... São mais de dez pessoas formando um paredão na calçada.
São profissionais da simpatia e da intimidade, já que como se fossem amigos de longa data só faltam nos abraçar. Após um longo e caloroso "Boooooommm Diiiiiiiaaaaaa!!!!", nos estendem a mão para um cordial cumprimento, já engatando a tradicional pergunta: "-Posso conversar um minuto com você?"
É claro que as belas moças abordam os homens, e os rapazes tentam conquistar a atenção das mulheres... O fato é que se você for gentil terá sua mão agarrada!!! rs... Hoje eu revivi aquele fato de quinze anos atrás. Não consegui driblar como normalmente consigo. A moça sem tomar fôlego, disparou sua metralhadora verbal tentando me mostrar as maravilhas de obter um empréstimo sem muita burocracia.
Tive menos paciência com ela do que com a cigana. Afinal até minha tradicional curiosidade não venceu o flashback que tive naquele momento. Pedi licença para interromper seu discurso que seria inútil para mim, e também educadamente recusei sua oferta. Estão lá trabalhando, e certamente não são culpados por essa abordagem invasiva, já que essa atitude é padronizada onde quer que você os encontre.
Mas gostaria de oferecer ao banco as mesmas condições. Vou até o gerente sorrindo como se fôssemos amigos íntimos, e após um efusivo aperto de mão, sugiro que o banco me pague juros de mais de 10% ao mês para colocar meu dinheiro na caderneta de poupança.
Vocês acham que juntando a minha persuasão e simpatia, conseguirei convencê-lo que o banco está errado em me pagar menos de 0,5% ao mês de juros nessa aplicação tão popular?
06/09/2007
01/09/2007
Umas mentiras convenientes
Algumas desculpas para nós, os blogueiros, quando paramos de postar por um longo tempo:
- Estou trabalhando e estudando tanto que só venho em casa para dormir!
- Meu computador precisou de transplantes, e só agora saiu da UTI.
- Fiz uma longa viagem pela Ásia, mas não me peça para ver as fotos...
- Entenda! Eu estava com a Nicole Kiedman! No meu lugar voce faria o mesmo.
- Finalmente escapei dos Jupiterianos! E lá não tem lan-house!
- Todos os artistas enfrentam um apagão criativo de vez em quando...
- A culpa foi do Blogger! Minha senha não entrava!
- Ué! Onde estão meus últimos posts sobre o mensalão?
- Autor em crise existencial. (Opa! esse eu já usei...)
- É que eu queria evitar a fadiga...
- Estava esperando uma vitória do Rubinho para comentar por aqui.
- Que dia é hoje? Nossa! Já passou tanto tempo assim?
- Após bater a cabeça hoje pela manhã, me lembrei desse blog.
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