Em qual planeta você esteve nos últimos três anos se nunca ouviu falar no “Guitar Hero”? Só que na verdade eu acredito que a idéia para este jogo para Playstation é de outro planeta...
Jogos vendem mundos de ilusão, nos quais podemos esquecer da vida real por algum tempo, como uma forma de reabastecimento de felicidade. E isso o Guitar Hero faz com maestria! O nível de concentração necessário para acompanhar as notas que deslizam pela tela faz desaparecer os objetos e paredes da sua casa; e na sua mente surge um palco repleto de efeitos especiais, e uma platéia enlouquecida que te venera...
É, eu gosto de exagerar um pouco... Mas entenda que eu sou daqueles que acompanham os grandes clássicos do rock empunhando guitarras, e baixos invisíveis. E às vezes meus dedos se transformam em baquetas, e minha mesa vira a bateria do Neil Peart. Mas o que eu “toco” com mais virtuosismo é a guitarra! Sou um estupendo guitarrista imaginário! Hehehe...
Desde o surgimento do Guitar Hero, sempre tive vontade de experimentar deixar minha guitarra invisível de lado, e compensar minha falta de habilidade com uma guitarra de verdade de uma maneira mais interessante.
Mas dessa vez comecei a enxergar o Guitar Hero como uma salvação do bom gosto musical da próxima geração. Fiquei por algum tempo acompanhando a molecada que “tocou” depois de mim, e na minha frente foram surgindo o Alex Van Halen, o Slash, o Tony Iommi, o Richie Blackmore, o Jimi Hendrix... Fiquei emocionado em ver os meninos comentando como eram maravilhosos os clássicos do rock que eu imaginava que essa geração não ouvia. Não tinha nenhum emo lá!!!
Graças a Deus existe o Guitar Hero, e não o Cavaquinho Hero, ou o Pandeiro Hero.
O bom gosto agradece, e eu também!