09/02/2009

Um conto medieval


O fato é surreal.
A inspiração é medieval.

Um castelo deveria servir para dar proteção, e não ostentação. Não estou aqui para escrever uma ode à honestidade, mas imagino que não haja pessoa informada que não tenha deixado a indignação aflorar.

Na Europa a peste negra devastou um terço dos habitantes porque ratos se espalhavam facilmente, e as cidades não tinham condições de saneamento. Em 2009 ainda existem lugares sem saneamento, e rato é muito fácil de encontrar. Sim, os ratos!

E castelos ainda são erguidos... Imagine um castelo contemporâneo. Contraditório? De quem se escondem os senhores feudais de hoje? De que reclamam tanto os servos? Eles devem trabalhar sem clamar por essa besteira de direitos trabalhistas... Que paguem seus impostos em silêncio, e assim ninguém vai para a forca.

E os cavaleiros que defendem esses senhores feudais não usam escudos e espadas. Não precisam mais de tudo isso. Basta-lhes uma caneta. Se for de ouro melhor... Nem do apoio do clero precisa-se mais. Quem mandou o clero se fragmentar? Não se entendem nem entre eles...

A guerra entre feudos antes era para aumentar terras e poder, mas hoje os senhores feudais entenderam que não devem se atacar. Devem se apoiar mutuamente. Feche os olhos para o que eu faço, que eu juro que não estou vendo nada também.
Nesta estória medieval para bovino repousar a cabeça e sonhar com cordeirinhos, nos postes da cidade apareceu um cartaz informando que há vagas para bobos da corte.
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