01/08/2009

Portabilidade Pessoal


Nos dias de hoje ouvimos muito falar de portabilidade, mas e se pensarmos em portar o que somos para situações melhores? A melhor coisa que pode acontecer para um consumidor é o aparecimento de concorrentes, e se nesse raciocínio cada um de nós é um produto, o que não falta é concorrência.
Para nascer você precisou de uma vaga na maternidade. Desde suas primeiras visitas ao pediatra, os outros bebês disputaram pelas suas consultas. E a vaga na escola pública? Foi fácil conseguir? Nem sempre é...
Então você cresceu e deve se lembrar quantas empresas não lhe deram oportunidades pela falta de experiência, e que assim pode ter demorado a vencer seus concorrentes e ingressar no mercado de trabalho. Teve que disputar paqueras, ou por uma paixão? Então vamos lá! Se você precisa provar suas qualidades para vencer a concorrência, porque não pensar que aqueles que disputam a sua preferência devem fazer muito por merecer?
Está na hora de dar o troco, então vamos ampliar o conceito de portabilidade! Tudo tem a ver com valorização. Tente encontrar qual serviço lhe atende como você merece!
Eu escrevi que se trata de uma "tentativa" porque a incompetência é contagiante assim como é a idiotice. Trocar um serviço qualquer dificilmente vai te poupar da incompetência. Não prego a intolerância... Todos têm o direito de errar, mas perceba que não é pedir demais ser atendido de maneira profissional.
Caso contrário, ao trocar seis por meia-dúzia vai fazer com que em poucos meses depois você queira trocar meia-dúzia por seis. Se não há monopólio, devemos tentar...
E na vida pessoal? Cabe a portabilidade? Em alguns casos sim. Não podemos trocar de time de futebol sem a acusação de ser "vira-casaca". Escolher um time para torcer é como um carimbo que aplicam na testa das pessoas. (Em alguns casos é mesmo...) Muda-se de ideologia política, de religião, e até de sexo, mas não se muda de time. E daí se o seu time lhe cola uma imagem de perdedor? (Não é o meu caso, hein? Até que meu time tem muitas fases felizes...)
Já com a portabilidade matrimonial, pense no fim do lema "unidos até que a morte os separe". Neste caso um indivíduo pode levar seus defeitos e qualidades para uma pessoa diferente, desde que deixe os bens no compromisso anterior. Favor não confundir com promiscuidade, afinal eu não disse que praticar a portabilidade temporária de órgãos genitais o livra das punições do contrato em vigor.
Brinquei um pouco agora no final, mas não basta um indivíduo portar o seu corpo para dentro de roupas que passem uma idéia de quem ele não é. Vestir um belo terno, calçar um bom par de sapatos, pode ser bacana, mas a nova casca não vai fazer ninguém íntegro. O cérebro não é um chip que pode ser trocado de corpo, então não aceite menos do que você merece!

2 legendas adicionais:

Valéria Mello disse...

Eu faria portabilidade também de algumas sensações vividas.

Tem coisa que a agente não merece saber.

Bela crônica. Palmas pra vc!

Valéria Mello disse...

desculpa, a gente é com A separado. Conserta, ai, por favor!?

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